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quinta-feira, 27 de março de 2014
terça-feira, 29 de outubro de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Tetê, uma das Meninas de João de Papai - Teresinha Segunda Soares de Macêdo.
Essa 3x4 é um dos inúmeros retratos dela que conservamos na Usina.
Ela nasceu em 15 de Fevereiro de 1936, e faleceu em 18 de Março de 2010. E esse ano faria 87 anos.
Boa amiga, estava sempre com uma atenta curiosidade sobre o bem estar de quem lhe era próximo.
Atenta ouvinte de histórias - exímia contadora de memórias.
"O feito a noite ao amanhecer mostra o errado!"
"Galinha não cisca onde não há ceia!"
"Sopra o vento quando se abre a janela!"
"Por fora seda e cetim, por dentro chita ruim!"
"Mente ociosa é oficina do tinhoso!"
"Em casa de preguiçoso a miséria é quem reina!"
" Quem vive de desculpas não quita o que deve!"
"Não se paga contas com desculpas!"
"Almejar o alheio é que lhe trás anseios!"
"É na ovelha mais ingênua que o lobo tira a pele, e amola as presas!"
13 anos se passaram de sua partida, porém é ainda às sextas feiras que me vem memória do nosso frequente ritual de pintar suas longas unhas, com um intenso vermelho Rubi, entre resenhas e risadas.
Essa saudade gigante, recorrente, sendo um dado da minha eterna afeição por ela !!!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
"Está tudo um piteu!"
Antes das festas de fim de ano
[2010-2011] Bibia me disse que tinha uma novidade – “Um cangaço!”, como ela
mesma chama tudo que lhe é estranho... Enquanto banhava-se ela descobriu algo no
seio direito. Desde que sua irmã Tetê faleceu de CA, num diagnóstico atrasado
por sua própria escolha em não nos deixar saber dos primeiros sintomas, resolvemos, por questões óbvias,
não esconder alterações de saúde para que tudo fosse de mais pronta resolução.
Aprumados num acordo de quê doença não se guarda.
Entrar num carro pra Bibia sempre
foi uma coisa absurda, sem trato com um enjôo, o destino mais distante que até
então tinha feito de automóvel foi à Lagoa do Piató, isso há uns poucos meses,
pra não ficar sozinha num domingo foi, comigo. Enquanto Tetê vivia fazia muitas
viagens de excursão à Santuários de Romaria, lazer que adorava, frequentemente acompanhada
por sua prima Uruguaina. ela, bibia, sem estilo pra aventuras ficava em casa,
não ia.
Então, apesar de muitas
explicações sobre o perigo iminente e afetivos conselhos, estalou-se num
comodismo de não ir a Natal, mesmo depois de um mastectologista experiente que
consultamos ter recomendado tratar de tudo bem rápido. Aqui em Assu não tendo
meios...
Apesar de todo trato sério se
passaram 4 meses até que num oportuno bem feito ela assustada me apareceu com
uma falta de ar, “Isso tá prendendo a minha respiração!” me disse inocente, peguei
pela palavra, de jeito, e no outro dia pela manhã já estávamos na capital
procurando solução. Aqui tem algumas fotos desses dias, foi um sucesso a
cirurgia, perdeu uma das mamas, mas, é somente evitando um pior, segue-se o
traçado fazendo fisioterapia. Vivendo feliz aos 80 anos.
Na LIGA, virou logo atração, com sua frequente verve. |
No Los Arroces de Segis na Ponta do Morcego, conhecendo o mar. |
Comportada assistindo as indiscretas janelas do Por do Sol. |
Com "as meninas de Adroaldo", primas queridas. |
De volta à sua famosa calçada, contando a viagem aos habitues. |
quarta-feira, 22 de junho de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
DONA ALICE NA INTIMIDADE
As filhas remanescentes do poeta João de Papai, célebre glosador, Maria
Julieta e Teresinha Segunda, vivem na companhia de uma prima, Dona Alice Soares
de Macedo, viúva sem filhos.
Bem humoradas, atentas às tradições de sua terra, gabam-se da memória
prodigiosa. Quando interrogadas sobre o estado civil, respondem prontamente,
entre risos. Somos duas coroas sem complexo nem ressentimento, declara Teresinha, recostada na cadeira de pano. Só nos
falta o trono, acrescenta Maria Julieta, o cabelo
negro cortado à maneira antiga, uma marrafa prendendo-o no alto da cabeça.
Às dez horas da manhã, Dona Alice ainda não se levantou. Na casa modesta
e tranqüila a limpeza é a nota dominante. Quadros nas paredes – retratos de
pessoas da família, cromos de românticas paisagens européias, e de santos
católicos, além de um velho relógio que parou anunciando 9h30. Sobre uma mesa
ladeada por jarros contendo arranjos de flores artificiais, numerosos e
delicados bibelôs arrumados com gosto artístico.
Muito sociáveis, as três senhoras costumam receber muitas visitas e à
noite, costumeiramente, um pequeno grupo se reúne na calçada para comentar os
acontecimentos do dia e manter viva a velha tradição colonial do bate-papo
diante das residências das pessoas gradas do lugar.
São muito conversadeiras e amáveis. Maria Julieta, por exemplo, informa que o pai criava bodes em Entrerrios, sitio
tradicionalmente pertencente à sua família, cem braças de terra que o velho
multiplicava criando e plantando. E, com indisfarçável orgulho, Teresinha acrescenta que o pai nunca foi
empregado de ninguém. Nunca se aposentou nem entregou os pontos. Nunca ocupou
nenhum político. Nunca ficou devendo a ninguém, graças a Deus. Graças a Deus,
reitera Teresinha, beijando os dedos em cruz.
Depois de colher as safras, ele alugava as pastagens aos pecuaristas da
região... Ainda hoje temos a nossa casinha fechada, exposta à venda, na Rua 16
de Outubro; parte da herança que ele nos deixou...
João Evangelista Soares de Macedo, mais conhecido como João de Papai,
nasceu na cidade do Assu em 1891. Filho de José Soares de Macedo [1864-1955] e
de Maria Ernestina [1867-1948], se casou em segundas núpcias com Adélia Soares
de Macedo [1896-1972], teve o casal João de Papai e Adélia somente sete filhos, Maria Julieta, João Segundo,
Zacarias, Teresinha [morta ainda menina] e Teresinha Segunda. Glosador
festejado, João de papai não perdia um mote. Improvisava com fluência.
Ao contrário de muitos dos nossos poetas, papai não era pornográfico, nos diz Tetê, os olhos brilhantes sob as grossas
lentes de grau. Saliente era Walter de Sá Leitão, acrescenta Bibia. Papai gostava muito de pôquer,
jogando habitualmente numa roda com Astério Tinoco, Abel Fonseca e Anderson e
Alair Abreu. Bebia, geralmente no bar de Ximenes. Mania ele não tinha, ao
contrário da maioria dos velhos. Só o vicio de beber e fumar. Jogar, jogava por
esporte. Para se distrair e conviver com os amigos. Em 1920 João de Papai
partiu, numa grande aventura marítima, em busca do Pará, que naquele tempo era
considerado o fim do mundo.
Bibia lembra que o primeiro avião que passou pelo Assu, levando o
presidente da província, Juvenal Lamartine, causou o maior reboliço na cidade.
Uma mulher parida, assustando-se com o ronco da máquina voadora, morreu dias
depois, segundo a tradição local. Ah, Bibia, diz Tetê interrompendo a irmã.
Acabei de me lembrar da glosa do avião, composta por papai...
Na chegada do avião,
Marido perdeu mulher.
Em grande perturbação,
Vi no campo um camarada
Procurando a sua amada
Na chegada do avião...
Bibia, apesar do tremendo mormaço, oferece gentilmente um café ao
repórter que, sentado, anota com rapidez os versos recitados por Terezinha.
E em grande confusão
Não sabia nem sequer
Procurando outra qualquer
Em troca da que perdeu.
Pois assim aconteceu,
Marido perdeu mulher.
Finalmente, após fazer a toilette matinal, Dona Alice dá o ar de sua
graça, desejando-nos um bom dia. É uma senhora de aparência distinta, de pele
muito branca, de ótima aparência, apesar da idade já bastante avançada. Como
todos os do seu sangue, Dona Alice tem os olhos azuis translúcidos, vivíssimos
e brilhantes. Não sabia que tínhamos visita... Esteja à vontade, diz,
sentando-se numa cadeira de balanço. Aceita um cafezinho...? Um guaraná...?
Um filhote de gato, irrequieto e simpático, vem aconchegar-se de
encontro às suas pernas, ronronando. Ela se curva um pouco, para acariciá-lo, o
sorriso luminoso, de satisfação plena. Os gatos são tão graciosos... Para mim,
sem eles, a casa não é um lar... Sempre os apreciei. Além disso, me lembram
pequenos tigres. Espero que o senhor não faça objeção à presença deles... Há
quem prefira os cães, por sua subserviência aos homens.
Criada no sitio Poassá, por uma tia, Clara de Macedo, Clarinha, que
morreu octogenária em 1974, Dona Alice estudou no Grupo Escolar Tenente-coronel
José Correia. Nesse tempo, sempre que participavam de solenidades e passeatas
cívicas, as alunas do grupo usavam chapelinas [espécie de chapéus]
brancas com uma fita azul. Era minha professora Dona Sinhazinha Wanderley, que
usava saia e paletó, bengala e cabelo cortado à la garçonne, bem curtinho e
repartido ao meio, como o dos rapazes da época. Era duma família muito
tradicional, tendo o seu pai sido vice-governador da província por nove vezes.
Fomos amigas até sua morte, que ocorreu quando eu estava passando uma temporada
no Poassá. Boa professora, muito amante da cidade do Assu, que, no entanto, lhe
foi muito ingrata. No fim da vida, era apupada nas ruas... Tinha muitos
agregados e ajudava todo mundo. Por isso, chegou a passar necessidade...
Dona Alice irradia ternura e austeridade. Conversa sem descuidar-se do
gatinho, que brinca com um novelo de lã. Em dado momento, corre o pequeno
felino em direção da porta da rua, causando-lhe grande preocupação. Temo que
seja atropelado por um desses motoristas desembestados que se acham donos da
rua...
Mas, voltando a Dona Sinhazinha, assunto que pelo visto lhe interessa.
Ela nunca saiu daqui para lugar nenhum. Talvez, quando moça, tenha passeado
rapidamente por Natal, onde o seu pai exerceu a medicina. Nunca arredava o pé
daqui, pelo grande amor que tinha à cidade dos seus antepassados.
Morreu pobre, coitada, comenta Maria Julieta. Toda vida foi pobre, reitera Dona Alice. Mas, no fim, foi pior... Ela
criou um bando de sobrinhos e agregados, vendendo versos. Muitas vezes ela
mandava bilhetinhos à minha tia Clara, pedindo-lhe dinheiro... Sua casa vivia
cheia de “clientes”, lembra Bibia. Ela
ajudava todo mundo.
Dona Alice observa que o repórter escreve com a mão esquerda e comenta,
sem desmanchar o riso simpático e juvenil. Papai também era canhoto. Escrevia,
votava, fazia as quatro operações aritméticas, sempre com a mão esquerda. E, o
senhor pode crer, sua letra não era nenhum garrancho...
Filha de Luis José Soares de Macedo, de apelido Sinhô Mãozinha, em
decorrência dum acidente que lhe inutilizou a mão, morreu em 1958. Dona Alice
perdeu a mãe, Dona Emilia, quando tinha somente cinco anos. O pai, agricultor e
proprietário rural, nunca mais se casou.
Dona Alice era afilhada de Dona Fefa, a mãe do poeta João Lins Caldas,
de quem guarda ainda agradáveis lembranças. Ela morava perto da casa de Maria
Leitão, na rua Moisés Soares, antes chamada Rua das Hortas, a mais antiga rua
do Assu. Minha madrinha era uma mulher bem gorda, as pernas mal sustinham o seu
corpo pesado. Alvíssima, andava pouco e devagar. Teve apenas dois filhos, Seu
Caldas e Seu Lins, um muito diferente do outro... Paciente, boa amiga, a gente
ia visitá-la com freqüência. Morava sozinha... Seu Caldas, quando aparecia,
conversava muito. Era um grande conversador. Era muito bem informado, mas não
confiava nos políticos. Porém, a política era uma de suas paixões. Era sempre
motivo de suas conversas.
O Assu era muito diferente nessa época. Não existiam pracinhas nem
jardins. As ruas eram bancos de areia solta, que pareciam engolir os nossos
passos. Só havia então o monumento à passagem do século. A igreja do Rosário,
localizada na praça que leva o seu nome, ainda sem reboco, foi derrubada pelo
prefeito Manoelzinho Pessoa Montenegro. O Instituto Padre Ibiapina, aqui perto,
ainda não existia e em seu lugar funcionava a Casa de Caridade, fundada pelo
Padre Ibiapina, em pagamento duma promessa. Vitima dum naufrágio na costa de
Macau, o padre prometeu construir uma casa de caridade na primeira cidade a que
chegasse com os sobreviventes. Lá, na Casa de Caridade, os defuntos eram
amortalhados e velados até o enterramento que se fazia com grande solenidade.
Eu ainda me lembro das freiras que lá viviam reclusas, as irmãs Teresa,
Dionísia e Crescência. A casa tinha uma roda de expostos, na qual os enjeitados
e os órfãos eram abandonados na calada da noite, quando todos dormiam, para
ninguém ficar sabendo da sua origem...
Nesse tempo, quase não havia divertimentos, a não ser as chamadas quatro
festas do ano [natal, ano novo, festa do padroeiro São João e da Independência]. Os pastoris e
lapinhas, de grande popularidade, se realizavam no patamar da igreja matriz. O
povo afluía em grandes ondas. A noticia de um pastoril se espalhava
rapidamente, atraindo gente de toda a parte, até mesmo dos sítios mais
distantes.
Os costumes eram outros. Ninguém fazia visitas sem mandar um próprio,
marcando dia e hora. Recebia-se na sala de visitas, que se abria nessas
ocasiões. Pessoas de maior intimidade podiam ser recebidas na sala de jantar.
Ninguém saía sem saborear um licor, tomar um cafezinho e mastigar alguma
guloseima feita em casa ou encomendada a alguma perita. As crianças eram
mantidas longe da conversa dos adultos e, quando se intrometiam onde não eram
chamadas, eram severamente advertidas pelos pais e responsáveis. Crianças salientes,
ou seja, metidas, eram sempre malvistas e seus pais objeto da recriminação de
todos.
Dona Alice conta que se casou em 1940 com um tio, o poeta Abdon de
Macedo [1874-1944], que faleceu quatro anos depois. Por causa do parentesco
muito próximo, os noivos tiveram de solicitar autorização do bispo para que o
compromisso fosse selado segundo as leis da igreja. Antes, a coisa era ainda
mais complicada, pois a autorização só podia ser concedida pelo próprio papa.
A diferença de idade entre os dois era tanta que, na rua, as pessoas
achavam que o meu marido era o meu pai. Todos se admiravam muito desse
casamento. Meu marido era irmão de minha mãe; quando se casou comigo, já era
viúvo. Não tivemos descendência... Alice – interrompe-nos Terezinha. – Ele já encheu três páginas de
anotações somente com a sua conversa. Que danado para escrever – acrescenta,
assombrada. Ora, na brincadeira, ele vai acabar escrevendo um livro somente com
a nossa conversa, comenta, num tom jovial, Dona Alice, debruçando-se sobre o
meu caderno de notas.
Dona Alice somente fica acanhada quando a interrogo sobre os namoros de
antigamente. Porém as primas, muito excitadas, encorajam-na a falar a respeito,
o que ela faz rapidamente, em poucas palavras. Namorava-se de longe. Não se
pegava na mão do outro, a não ser depois do casamento. Antes do casamento,
pegar na mão era algo impensável, a não ser que a moça quisesse ficar mal
falada por todos. Ninguém ousava. Ninguém ousava.
Ao enviuvar, Dona Alice passou oito anos morando em Natal, na companhia
de Dona Clarinha, sua tia e mãe adotiva. Retornei ao Assu quando ela morreu,
solteirona e já bastante idosa. Era, como Dona Sinhazinha, minha madrinha e
professora, muito caridosa. Amparava um grande numero de pessoas pobres e carentes
que, todas as sextas-feiras, compareciam à sua casa para receber um adjutório.
Naquele tempo, quem tinha posses, sentia-se no dever de ajudar aos mais
necessitados. Chamava-se a esse costume, então muito difundido entre os
católicos abastados, “emprestar a Deus”...
De saborosa leitura o portal FranklinJorge.com
contendo um mágico capitulo sobre o nosso Vale do “Açu, Mitologia e Vivências”!
contendo um mágico capitulo sobre o nosso Vale do “Açu, Mitologia e Vivências”!
quinta-feira, 17 de março de 2011
Convite Missa!
Hum ano se passou desde que nossa inesquecível amiga entrou para a galeria da eternidade, imortalizada na lembrança de todos que consigo conviveram.
Tetê será sempre um retrato de esperança
em bonita e afetiva saudade.
Teresinha Segunda Soares de Macêdo
15 de Fevereiro de 1936 - 18 de Março de 2010
Neste 18 de março nos encontramos
na Igreja Matriz de São João Batista
a partir das 17 horas
para juntos elevarmos nossas orações
na memória de sua aura!
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Franklin Jorge Roque
Tarde quente, nublada, leve turno,
nessas surpresas que revigoram
recebemos a ilustre visita
do nosso amigo Franklin Jorge Roque.
Franklin e Bibia, num reencontro afetivo depois de um hiato de 20 anos. |
Um dos símbolos que marcam
a riqueza dessa personagem
é o persistente lapidar da memória
no humano encontro dos seres.
Vivo escritor consistente
elaborando um ad infinitum relato
entre a literatura e o jornalismo
de inesquecíveis autores de nossa história.
De saborosa leitura o portal FranklinJorge.com
contendo um mágico capitulo sobre o nosso Vale do “Açu, Mitologia e Vivências”!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
2
Memória prodígio, Bibia ainda lembra deste poema mais de 60 anos depois. Foi distribuindo esse bilhete-poema, que a professora Sinhazinha Wanderley [Maria Carolina Caldas Wanderley - Nasceu em 30 de janeiro de 1876, em Assu (RN), e faleceu em 20 de setembro de 1954 nesta mesma cidade.] pedia um empréstimo aos amigos;
I
Pelo Cristo, pela Virgem,
Senhora da Conceição,
Me acuda nesta agonia,
Me valha nesta aflição,
Em que na bolsa não tenho
O valor de um só tostão.
II
Falta-me em casa farinha,
açúcar, pão e café,
Nesta cruenta agonia
Me valho de São José,
Santo por todos bendito
No qual tenho muita fé.
III
Você é pobre e bondosa
lhe peço de coração,
pelas mercês que recebes
na mesa da comunhão,
que clemente e compassiva
para mim estenda a mão.
IV
Tenho pena de quem sofre
Medonhas crises cruéis,
É minha alma sofredora
Que vem cair aos teus pés,
Maria por caridade
Me empreste 10mil réis.
V
São poucos dias que marco
Para vir aqui pagar
Porque os meus vencimentos
Estão prestes à chegar,
E eu irei com presteza
À você reembolsar.
VI
Rogo à Santa Terezinha,
Santa das mais milagrosas,
Que sobre você desfolhe
A minha chuva de rosas,
E lhe dê por toda a vida
Sorte das mais venturosas.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Aniversário de 80 anos de Bibia!
"Mais vale amigos na praça
do que dinheiro na caixa..."
"Quem não olha pr'adiante
pra trás fica...
"Loucuras da mocidade
são os troféus da velhice."
"Boa romaria faz
quem em sua casa
está em paz..."
"Faz o bem,
e não olhes à quem!
...
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